sexta-feira, 11 de março de 2011

medo

medo da solidão
que eu desejei desejo
medo das possibilidades
que eu abri com minhas mãos
medo das reprovações
que já conheço já combati
medo do erro
que não cometi ainda
que não persigo que não me atrai
medo da esperança
que se instala com a alegria
e que aproveita sossegada
sem forma sem cor sem peso
medo só
de mim.
mas eu não sou perigosa...
não pra mim.
não gosto de doer
não chamo o sofrimento
não faço o que eu não quero
não tenho culpa
sei de mim.
perigo para os outros
isso sim.
medo de quê?



...